sábado, 25 de setembro de 2010

O CARTÃO QSL


Uma das mais sagradas instituições no mundo radioamadorístico é a troca de cartões QSL para confirmar os QSO realizados.
Pelo menos o primeiro QSO deve ser confirmado com um cartão QSL. Situações especiais como nova faixa, modo ou local de operação podem merecer a remessa de outro QSL.
No entanto, um QSL deve obedecer a critérios, nem sempre conhecidos de todos os radioamadores, o que NOS motiva escrever as orientações a seguir.
A primeira coisa que se deve cuidar em um QSL é que ele tenha todos os itens obrigatórios para que seja válido como confirmação de um QSO e possa ser aproveitado para diplomas e classificação de estações em competições como o DXCC:
a) indicativo da estação “dona do QSL”, sempre em destaque
b) dados básicos do QSO
  • indicativo da estação trabalhada, preferencialmente em destaque
  • data do QSO
  • hora do QSO, preferencialmente UTC (ou indicação do fuso)
  • freqüência (indicando MHz ou banda)
  • modo de operação
  • reportagem RST
Todos esses dados devem estar anotados sem borrões ou rasuras, que invalidam o QSL. Se errou, rasgue o QSL e faça outro.
Outros dados são interessantes de se fazerem constar, apesar de não obrigatórios, seja para completar informação ou facilitar a utilização, por parte de quem recebe o QSL, para diplomas e certificados:
  • nome do titular do indicativo
  • endereço postal do titular e/ou indicação para remessa de QSL
  • Grid Locator; coordenadas geográficas
  • zonas ITU e CQ
  • endereço de e-mail do titular
  • validade para algum diploma
  • local para indicativo do QSL manager da estação trabalhada
Mas veja, isso é para um QSL normal. Se vai ser um QSL de expedição, de ativação de ilha, farol ou forte, algumas das informações opcionais tornam-se obrigatórias, dependendo de qual entidade vai reconhecer sua operação, por exemplo:
  • operação em ilhas: IOTA e AIE: no QSL deve ter o nome da ilha e o código da ilha em cada entidade
  • operação em faróis: ARLHS, WLOTA e AEI: nome do farol, código do farol e, se em ilha, nome e código da ilha
  • operação em fortificações: AEI: código da fortaleza
Agora você vai cuidar da “arte” de seu QSL. Nesse ponto entra toda sua criatividade, mas procure evitar fotos ou desenhos que provoquem qualquer constrangimento a quem vai recebê-lo. Não use caricaturas que denotem qualquer preconceito nem fotos de pessoas nuas ou com pouca roupa (lembre-se que seu QSL vai rodar o mundo e os costumes de outros povos são diferentes dos nossos). Se pertence a alguma entidade radioamadorística, coloque seu logotipo no QSL, mas antes certifique-se que não há restrições quanto ao seu uso.
Antes de mandar imprimir, faça uma prova e veja se texto e fotos não encobrem um aos outros e se o texto fica legível, considerando tamanho da fonte e cor.
As dimensões recomendadas para um QSL são: largura 140 mm e altura 90 mm. O formato postal já foi muito utilizado, mas encontra-se em desuso.
A gramatura do papel do QSL deve ser de 250 g/m2. QSL em papéis muito finos danificam-se facilmente no manuseio dos bureaux e no arquivo dos destinatários. Os confeccionados em papel mais grosso tornam mais cara a remessa, tanto via direta como via bureau, que também se utiliza dos correios para envio dos cartões.
É essencial que você envie os QSL. Nada de somente retribuir QSL recebido. Tome a iniciativa de enviar os seus, independentemente de receber o do colega.
Não se esqueça de enviar um exemplar de seu QSL para o Arquivo Histórico do Radioamador Brasileiro (www.radioamador.org.br)
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Orlando Perez Filho .·. PT2OP
Diretor de Radioamadorismo
LABRE Nacional

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