sábado, 25 de setembro de 2010

Radioamador foi 1º a confirmar destroços do Airbus


André Sampaio, radioamador premiado, deu ontem em primeira mão, ao vivo, a notícia da localização do que seriam os primeiros destroços do AF 447 da Airbus. A Força Aérea Brasileira (FAB) depois oficializou a informação. Sampaio, considerado pessoa decisiva para a Ilha de Fernando de Noronha por sua participação em salvamentos de pessoas em mais de 20 desastres aéreos e marítimos nos últimos 20 anos, agiu como de costume. A diferença, segundo ele, é que, em vez de dar entrevista para a TV Golfinho (local), falou para jornalistas de todo o País - que divulgaram a notícia para o mundo.
Ainda um tanto assustado com a repercussão do vazamento de uma notícia que os militares não pretendiam divulgar naquele momento, André Sampaio não quis mais falar com a imprensa. A Aeronáutica, que já lhe deu a mais alta condecoração que um civil pode receber, a Medalha Santos Dumont, em 2004, teria lhe pedido para silenciar. Mas, ele não confirmou a reprimenda. O fato é que, depois de ter divulgado a conversa captada entre as tripulações de dois Hércules C-130 que faziam buscas, juntamente com um avião Casa, não teve acesso a nenhuma outra comunicação. Duas vezes campeão mundial de radioamadorismo, também detentor da medalha do Mérito Tamandaré (Marinha, 2003), e do título Amigo da Marinha (1988), Sampaio, de 59 anos, alagoano criado em Pernambuco é radioamador há 30 anos. Entre os eventos de resgate dos quais participou, Sampaio cita o dos náufragos do navio de carga Iracema, que passaram sete dias em um bote, e de um veleiro que perdeu velas e motor. Com uma estação bem equipada, ele dá apoio à Marinha ou Aeronáutica, pegando posição de barcos e aviões envolvidos em acidentes. Como voluntário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

02/06/2009
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A Aeronáutica avistou objetos metálicos e não-metálicos na área de busca pelo avião que fazia o voo AF 447, que saiu do Rio de Janeiro na noite de domingo (31), com destino a Paris, e desapareceu. Ainda não há confirmação de que essas peças são da aeronave. Nesta terça, um radioamador interceptou o diálogo entre as equipes que participam do resgate.
Os aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) se revezaram nas buscas durante a madrugada desta terça-feira (2). A todo instante, pilotos pousavam e decolavam no aeroporto de Fernando de Noronha.
Uma das aeronaves, um patrulha da FAB, equipada com um radar, tinha capacidade de detectar objetos no escuro. De acordo com a Aeronáutica, possivelmente foram as coordenadas desse equipamento que permitiram avançar nas buscas. Nesta manhã, três aviões partiram em direção ao Oceano Atlântico.
O primeiro contato dos pilotos com a Aeronáutica, depois da decolagem, foi às 6h44. Eles disseram que podiam ver uma bola laranja e placas metálicas no mar. Quatro minutos depois, foi feito outro contato, com informações sobre outros objetos e manchas de óleo.
Mas foi às 7h30 que os pilotos deram a informação mais importante do dia nesse trabalho de buscas. A notícia chegou até Fernando de Noronha por meio de uma central de radioamador, que interceptou o diálogo. A conversa é entre o piloto de um dos aviões e a torre da Aeronáutica:
- A que se refere?
- A um banco, a poltrona de avião
"Todas as posições [dos objetos] estão mais ou menos alinhadas, o que determina coerência neste avistamento", diz o radioamador André Sampaio. "Na verdade, o que foi avistado até agora é o fruto da correnteza que está se deslocando nessa direção noroeste."
Pelas informações do piloto, os destroços estariam nos arquipélagos de São Pedro e São Paulo, que ficam a mais de 600 quilômetros de Noronha.
As buscas prosseguem. Nesta terça, devem chegar a Fernando de Noronha os navios da Marinha que vão ajudar na operação.

01/06/2009
O radioamador André Sampaio auxilia a Aeronáutica nas buscas pelo Airbus 330-200, da companhia Air France, que desapareceu depois de partir do Rio de Janeiro, às 19h de domingo (21). De acordo com ele, a aeronave teria perdido contato com radares e torres de controle no Brasil a cerca de 270 quilômetros da costa.
Ainda segundo Sampaio, essa distância é relativamente curta e fica dentro da faixa de alcance da Força Aérea Brasileira (FAB). Ele disse que mora em Fernando de Noronha (PE) e o tempo esteve bom, com céu limpo, durante toda a madrugada na região.
Sampaio afirmou que, pouco tempo após o momento em que o contato com o avião foi interrompido, mensagens via radioamador foram enviadas a embarcações que navegam pela região. Segundo o radioamador, as mensagens informam sobre o desaparecimento da aeronave e pedem que as tripulações fiquem atentas a qualquer sinal da aeronave. Até o momento, de acordo com Sampaio, nenhuma informação foi passada pelas embarcações.
Voo AF 447
A aeronave, da Air France, saiu do Rio em direção a Paris, mas não chegou à capital francesa no horário previsto. Segundo a companhia aérea, 228 pessoas estavam a bordo, sendo 216 passageiros e 12 tripulantes.

21/11/2009
Astronautas do "Atlantis" instalam antena para radioamadores na ISS
Washington, 21 nov (EFE).- Os radioamadores contam a partir de hoje com uma nova antena no espaço, graças ao trabalho dos astronautas Mike Foreman e Randy Bresnik, que concluíram nesta sábado com sucesso a segunda caminhada espacial da missão STS-129 do "Atlantis" à Estação Espacial Internacional (ISS).Esta foi uma das diferentes tarefas realizadas durante as seis horas e oito minutos que os astronautas estiveram no fora do aparelho, nas quais também instalaram um adaptador ao laboratório europeu "Columbus".A jornada de trabalho começou às 12h31 (horário de Brasília), uma hora mais tarde que o previsto, devido ao fato de que na noite anterior, pelo segundo dia consecutivo, soou o alarme de despressurização da ISS.Foreman e Bresnik tiveram que sair do compartimento "Quest", que prepara o sistema sanguíneo dos astronautas para prevenir problemas de descompressão, até que as equipes de controle na Terra confirmaram que se tratava de um alarme falso.
A comprovação dos sistemas durou duas horas, portanto, a Nasa (agência espacial americana) teve que reduzir em meia hora a missão no exterior do "Atlantis", o que não impediu que os astronautas concluíssem todas as tarefas que tinham na agenda do dia.
Durante a missão no exterior da nave, Foreman e Bresnik tiveram tempo para instalar uma antena sobre a viga principal para melhorar a transmissão das câmeras de vídeo que levavam sobre o capacete.
Além disso, reposicionaram um dispositivo que registra o potencial elétrico entorno da estação e instalaram um gancho para aderir carga à viga principal.
Esta foi a primeira caminhada fora de aeronave de Bresnik, enquanto que para Foreman foi a segunda nesta missão e a quinta em sua carreira, já que também participou da missão STS do "Endeavour" em 2008.
Bresnik, que saiu do "Atlantis" com um traje com detalhes vermelhos para poder ser diferenciado de Foreman, mostrou seu entusiasmo ao passar pela escotilha da nave.
"Sem contar quando vi minha esposa pela primeira vez, acho que jamais vi algo mais bonito", disse o astronauta, quando olhou a Terra a uma distância de 354 quilômetros.
Para Bresnik esta viagem é especial já que quando voltar à Terra conhecerá sua filha, nascida durante a missão.
Esta é a última missão realizada pela Nasa à ISS este ano e será a penúltima do "Atlantis", que será "aposentado" no ano que vem junto com o "Discovery" e o "Endeavour".
A missão STS-129 ainda terá saídas do "Atlantis" na segunda-feira, para a instalação de um tanque de oxigênio no compartimento de embarque "Quest", de dois experimentos para o estudo de materiais, e para continuar com a conexão de cabos para receber o módulo "Tranquility" que chegará à ISS em 2010.
A ISS, que orbita a cerca de 360 quilômetros sobre a Terra, é um projeto internacional no qual participam 16 países.
O "Atlantis" partiu com seus seis tripulantes na segunda-feira passada do Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, no sul do estado americano da Flórida, para uma missão de 11 dias que terminará na sexta-feira. EFE
08/04/2010
Foi desesperador', diz radioamador que ajudou nos resgates em Niterói
Grupo de radioamadores se mobilizou para chamar resgate.
'As pessoas gritavam embaixo dos escombros', lembra Márcio Ribeiro.
Os momentos que sucederam o deslizamento que atingiu o Morro do Bumba, em Niterói, foram de desespero e também de solidariedade. Ao saber que dezenas de casas haviam sido soterradas no local, um grupo de radioamadores se mobilizou para comunicar as equipes de resgate o quanto antes.
Segundo o segurança Márcio Araújo Ribeiro, de 31 anos, eram cerca de 20h30 quando um radioamador que mora no morro deu um sinal de alerta via rádio. "Ele entrou totalmente em desespero. Tinha um amigo que estava com a família soterrada. As pessoas estavam gritando embaixo dos escombros", relatou Ribeiro em entrevista ao G1.
Ribeiro, diretor de Ensino e Radioamadorismo da Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão do Rio de Janeiro (Labre-RJ), contou que estava na ponte Rio-Niterói, voltando para casa depois de um curso, quando recebeu o alerta no rádio. Desde terça-feira (6) à noite, um grupo de radioamadores voluntários está de plantão para auxiliar na comunicação entre a população do Rio e os órgãos públicos.
"Imediatamente, acionamos outros radioamadores. Cerca de 10 foram para a região. Nos dividimos – um ligou para os bombeiros, outro para a Defesa Civil, outro para a Polícia Militar, assim por diante", disse.

No caminho, Ribeiro avisou duas viaturas da polícia que tinha informações sobre um deslizamento em uma área de risco. Ao chegar ao local, ficou chocado com o que viu: "Foi desesperador. Estamos [radioamadores voluntários] acostumados com situações de emergência, mas como aquilo eu nunca vi".
Além das casas soterradas, chamou a atenção de Ribeiro um automóvel de cabeça para baixo. "Um morador me mostrou onde estava o carro antes do deslizamento. Era uma distância de uns 250 metros, no mínimo. Ali, eu vi a dimensão da tragédia", recordou.
Ribeiro acompanhou o resgate – feito, em grande parte, pelos próprios moradores (assista ao vídeo acima) – durante boa parte da noite e se envolveu emocionalmente com a situação das famílias: "A gente que é pai fica muito impressionado, especialmente vendo as crianças presas pelos braços, pelas pernas, nos escombros. Cada vida resgatada é uma vitória". Cenário de guerra
Márcio Chehab, de 35 anos, também foi ao local depois de ser avisado pelo colega radioamador sobre o deslizamento. Chegou ao morro às 21h e só voltou para casa às 5h. "O cenário era de guerra. Bombeiro gritando pedindo maca, tirando feridos dos escombros. Moradores carregando os vizinhos nos ombros, colocando dentro dos próprios carros para levar para um hospital", contou ao G1.
Chehab, que trabalha com manutenção de equipamentos eletrônicos, ajudou chamando ambulâncias de hospitais da região e manteve contato com radioamadores em diferentes cidades. "Tinham pelo menos mais uns 20 radioamadores, além dos 10 que estavam no local, em suas casas, ajudando com infraestrutura de internet, telefone", relatou.
Ainda na madrugada, eles imprimiram imagens da ferramenta Google Earth para ajudar os bombeiros a ter noção do estrago provocado pelo deslizamento. "Na hora, não tinha como ter ideia do tamanho da destruição. Uma parte do morro sumiu, e com ela as casas que estavam ali".
O radioamador também ressaltou o esforço dos voluntários em ajudar no resgate. "Os moradores estavam usando baldes para tirar os escombros, qualquer coisa que encontrassem pela frente, para tentar achar as pessoas", lembrou. Um dos homens, então, saiu para comprar baldes e distribuir na comunidade. "Numa hora dessas, vale tudo para ajudar. O que aconteceu ontem [quarta] foi um grande exemplo de filantropia".

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